quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ENEM

O Ensino Médio sempre foi muito assustador para a maioria dos alunos que buscam uma formação mais qualificada. Não simplesmente por ter de enfrentar três anos de extrema dificuldade curricular consecutivamente com todas as mudanças mentais e corporais, eles ainda tem de lidar com a dúvida se conseguirão ou não entrar na universidade.
E todos sabemos galera, que essa não é uma missão fácil. Temos que perseverar, se dedicar e às vezes abdicar de um ano inteiro de conhecimentos gerais, descobertas e desafios para poder entrar numa instituição de ensino de qualidade. E olha que ainda não entramos no mérito de ser pública ou não.
Contudo, esse ano um novo modelo de acesso foi discutido e implementado. Reconhecemos que houve pouca discussão com os alunos, nas escolas, mas como 2010 é ano eleitoral, se a mudança não fosse implementada nesse momento, talvez ela não acontecesse mais.
Temos a consciência de que a prova não foi mole não! De que os organizadores pecaram muito na hora da aplicação das provas, divulgação do gabarito e entre outras coisas. Por isso achamos que não devemos nos calar, precisamos reivindicar maior organização para esse exame tão importante e decisivo na vida de tantos alunos. Que ele seja implementado de uma maneira segura.
Precisamos ressaltar que o Enem veio como uma porposta de democratização de ensino, isto é, abordando questões de cidadania e reflexão, dando espaço ao aluno de Ensino Medio para refletir e crescer como indivíduo, pois é exatamente nessa fase que estamos formando nosso caráter. Acreditamos que o antigo vestibular era composto também de disciplinas que acreditamos ser aprofundadas demais, questões que deveriam ser tratadas em nível superior e temos o apoio de muitos professores dessas matérias sobre isso. Acreditamos que o aprofundamento desnecessário nas disciplinas escolares, com diretos a fórmulas e conceitos não aplicáveis tem como intuito segregar as universidades e deixar as carreiras mais concorridas como quase exclusividade dos alunos de cursinho, excluindo o aluno de colégio público do processo seletivo.
Portanto, não podemos esquecer do avanço que significa esse exame. Além de dar chances maiores de mobilidade entre as regiões, faz o aluno pensar na importância de ser um cidadão. Pois, mais importante do que testar o conteúdo matemático ou físico do aluno (não deixando de lado a importância desses estudos) é saber o quão preparado está aquela pessoa para entrar numa universidade e usar tudo o que aprendeu para dar frutos a nossa sociedade.
Por fim, queremos dizer que se você quer mudar esse País, quer ter e deixar para os próximos uma educação de qualidade, você tem o nosso total apoio e esperança. Não podemos deixar nunca o nosso lado reivindicatório morrer. E temos que fazer um apelo:
“Não deixem o ENEM morrer, Não deixem o ENEM acabar”

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