Iserj comemora 132 anos de excelência na Educação

Na última quinta-feira (12/4), o centenário Instituto Superior de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Iserj) comemorou 132 anos de história e excelência na Educação para o Estado do Rio. A programação especial de aniversário ocorreu no teatro da instituição e teve o seu ponto alto com a releitura do “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, documento que foi redigido por Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e mais outros 26 intelectuais, no início dos anos 30. O texto fala sobre a reconstrução do sistema educacional no Brasil e tinha como foco o desenvolvimento do intelecto e a capacidade de julgamento, em preferência à memorização. 

Todos se emocionaram quando o Pelotão das Bandeiras entrou, pois além dos passos e coreografias formais, estavam acompanhados dos alunos da Educação Infantil e de necessidades especiais

Na execução do Hino Nacional, foi realizado o desfile do Pelotão da Bandeiras, coordenado pelo professor Júlio Belizze, com destaque para os alunos de necessidades especiais, que participaram do ato, coordenados pela professora Mônica Lorena, e da Educação Infantil, com os alunos do Colégio de Aplicação do Iserj. A abertura solene contou com a presença de conselheiros beneméritos, autoridades e representantes da Rede.

O Instituto Superior de Educação foi criado, em 1932, com o objetivo da formação de professores de Nível Superior, projeto maior de Anísio Teixeira. Para a diretora Sandra Santos, o desempenho do ISERJ, de forma singular, revela o compromisso de equilibrar, em seus desenhos curriculares profissionais, as áreas técnicas, científicas e humanas. E a ideia principal sempre foi ter a Educação Básica e a Superior juntas:

– O movimento da Escola Nova, o dos professores pioneiros, tinha um foco pedagógico que era formar professor profissionalmente; um foco social, onde todos pensavam em um projeto de nação; e um foco material, pois se precisava de condições objetivas, com boas salas de aula, laboratórios, bons salários. Sem isso não se faz educação pública, gratuita, laica e de qualidade – ressaltou Sandra.

A diretora geral do Iserj, Sandra Santos, abriu as atividades de aniversário lembrando Anísio Teixeira e Fernando de Azevedo

A coordenadora de Ensino Superior, Elen Cabral, destacou que o Iserj hoje, segundo a professora Maria Lúcia, vive os Anos Incandescentes, que deverá transformar os Anos Dourados, com novos formatos pedagógicos, ações administrativas e tecnológicas, mas sem perder a essência e a raiz de Anísio Teixeira.

Por intermédio da professora Maria Carolina Granato, foram relembrados os principais pontos do Manifesto dos Pioneiros, documento que mudou a Educação Pública no país. Em seguida, coordenado pelo professor Jorge Façanha, foram apresentados peças musicais por alunos da Orquestra de Violão e Teclado da instituição.

Na parte da tarde, alunos da Educação Infantil e a Casa da Criança, recém integrada ao CAp do instituto, fizeram um abraço simbólico ao Iserj. Também houve apresentação de ciranda e percussão da equipe da Artes e Educação Física, no chafariz da unidade. As comemorações se encerraram com a apresentação da Orquestra de Cordas do Projeto Villa Lobos, seguido de parabéns com direito a bolo e tudo, no saguão do 2º andar.

Houve uma abertura solene com a presença do conselheiros beneméritos Niobe Marques, Maria Lucia Oliveira, Malvina Tuttman, Paulo Ramos (deputado estadual), Vanise Martinez, que representou o diretor da Rede Globo, Luiz Erlanger. Outra mesa foi composta pela vice-presidente educacional da Faetec, Maria Cristina Lacerda, o diretor da Educação Superior da Rede, Fernando Mota, a coordenadora de Ensino Superior, Elen Cabral, o coordenador do CAp Iserj, Luiz Sérgio, o professor e vereador Reymond, das representantes estudantis Evelyn e Renata, da presidente da Associação de Pais do Iserj, Teresa Cruz, todos ciceroneados pela diretora geral do instituto, Sandra Santos.

Fundado em 1880, o Instituto é composto atualmente por aproximadamente 700 funcionários e 5.000 alunas, da creche ao Ensino Superior. O prédio em estilo neocolonial foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), em 1965, e pela Subsecretaria de Patrimônio Cultural, em 2000. Em 2010, a unidade foi a primeira colocada no ranking de melhores desempenhos da Rede Faetec. Graças ao Centro de Memória do Instituto, criado em 2005, alunos, professores e pesquisadores podem utilizar um acervo que percorre mais de um século da história da educação, e que reúne livros raros e fotografias de diversas fases da história.

POR: ASCOM FAETEC

Fotos: Rafael Barreto