Os protestos aconteceram durante o processo seletivo da Gama Filho, após queda da liminar que impedia o aumento abusivo das universidades
Já faz quase um mês que os estudantes da Gama Filho e da UniverCidade, ao lado da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ), protestam contra o reajuste abusivo de 25% nas mensalidades e da demissão de mais de 300 professores nas duas universidades. Faça chuva ou sol, os estudantes vem organizando constantes atos pela democracia e qualidade de ensino nas instituições.
No último dia 13, os estudantes haviam conseguido uma grande vitória, quando conquistaram na justiça uma liminar que obrigou as universidades a não reajustarem o valor das mensalidades de 2012 em índices superiores ao IGPM acumulado em 2011 (5,0977%). As instituições também não poderiam mais mudar a data de vencimento e deveriam manter os descontos por pagamento antecipado, sob pena de multa de R$ 100 mil, em caso de descumprimento.
Entretanto, a liminar foi repassada a um embargador e anulada na última sexta-feira (27). Mesmo diante desse imprevisto, os estudantes não recuam e seguem na batalha contra o Grupo Galileo Educacional, que recentemente comprou as duas instituições e vem tomando uma série de medidas arbitrárias.
No domingo (29), dia do processo seletivo na Gama Filho, uma panfletagem aconteceu às 7h da manhã para informar os vestibulandos sobre os últimos ocorridos nas instituições. “Muitos não sabiam da batalhada que travamos a mais de um mês. Muitos, inclusive, ponderaram se vão de fato ingressas nas instituições”, informou o presidente da UEE-RJ, Igor Mawyorm.
Na próxima quinta-feira (02/02), às 14h, os estudantes farão um novo ato em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra essa última medida adotada pelo embargador. “É importante manter a manifestação acesa porque não temos ainda uma decisão definitiva e ainda podemos reverter este quadro lamentável”, finalizou.
POR: Patricia Blumberg
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