sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Escola também é lugar para falar sobre Política


Atividades incentivam a convivência em comunidade e o respeito ao debate de ideias.
No contexto geral das escolas brasileiras, o ensino e a promoção de atividades ligadas à política ainda caminham de modo confuso. Os desdobramentos dessas falhas no ensino, e principalmente, suas causas são apontadas pelo professor Mário Sérgio Cortella, da Pontifícia Uni­versidade Católica de São Paulo (PUCSP), que vê problemas semelhantes na educação de uma geração anterior. “O erro começa quando se tenta impor esse assunto. O importante é aprender as noções de comunidade e isso tem início na prática”, afirma Cortella. 
É justamente a ideia de co­­munidade que deve ter o lugar central no debate nas escolas, de acordo com o professor. Para ele, mais do que ensinar o funcionamento do estado e da administração pública, a necessidade é promover o convívio e o respeito recíproco como pontos comuns dentro dos componentes  curriculares já existentes. “Esses elementos não devem vir como o que hoje está disseminado como conteúdos ‘extracurriculares’. Isso dá a ideia de um penduricalho, algo à parte da educação”, diz ele.        
O professor ensaia algumas explicações para esta carência na educação brasileira. O fato de a democracia ainda ser muito recente no país, assim como o equívoco de reduzir o tema apenas à questão partidária seriam alguns dos frequentes tropeços dados pelo Brasil no tema. Como consequên­cia, muitas vezes a escola acaba por afastar crianças e jovens do assunto – distância que em vários casos se mantém por boa parte da vida adulta.
POR: GAZETA DO POVO.

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