A população do Rio de Janeiro realizará, no dia 10, uma grande
manifestação em defesa do Estado contra as mudanças nas regras de
distribuição dos royalties do petróleo.
O ato está marcado, a partir das 15h, em frente à
Igreja da Candelária. A expectativa é de mais de 100 mil pessoas na
caminhada, que será feita pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia.
Haverá ponto facultativo no serviço público e gratuidade nos transporte.
O governo também financiará a vinda de 200 ônibus de cidades produtoras
de petróleo como Campos e Macaé, que devem ajudar a mobilizar cerca de
10 mil pessoas.
O palco que será usado na manifestação contra as novas regras de distribuição dos royalties começou a ser montado nesta quarta-feira (9), na Cinelândia, no Centro do Rio. A concentração de público está prevista para as 15h, na Candelária, de onde a passeata terá início, às 17h, seguindo até a Cinelândia.
Na quinta-feira, dia do protesto, as repartições públicas estaduais e municipais terão ponto facultativo a partir das 14h, segundo a assessoria do governo do Rio. A SuperVia, concessionária responsável pelo serviço de trens no Rio, e barcas vão distribuir passagens gratuitas das 13h às 15h.
O metrô também não vai cobrar passagem das 13h às 15h, para que as pessoas possam ir ao evento, e ao final do protesto, das 20h às 22h, em quatro estações: Cinelândia, Presidente Vargas, Carioca e Uruguaiana.
Em entrevista, a deputada federal Jandira
Feghali (PCdoB/RJ) disse que a mobilização é uma tentativa de
sensibilizar o Congresso Nacional e o próprio governo federal. “A
negociação com os estados não-produtores foi intensa, mas o Senado
aprovou um texto baseado em dados inverídicos e que não condizem com a
realidade econômica do Brasil”, criticou.
Representantes da
sociedade civil, parlamentares e prefeitos participaram, no dia 7, no
Palácio Guanabara, da reunião de preparação para o ato público “Contra a
Injustiça - Em Defesa do Rio”. Durante a reunião, o governador Sérgio
Cabral lembrou que a nova distribuição dos royalties do petróleo é
inconstitucional.
“O que está em jogo é um princípio
democrático, é um princípio de justiça, de respeito às leis, de respeito
às normas constitucionais, de respeito ao pacto federativo”, disse o
governador.
O procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes,
afirmou que a nova legislação vai de encontro à constituição do país.
“Do ponto de vista jurídico, é completamente inconstitucional. É uma
legislação afrontosa à lei maior e temos a certeza de que no Supremo
Tribunal Federal, o guardião da lei maior, isso não passará. Afinal, é
uma afronta a nossa constituição federal”, explicou.
Segundo
dados do governo estadual, o Rio de Janeiro vai perder, já em 2012,
cerca de R$ 3,3 bilhões. Para o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o
prejuízo para as cidades será enorme.
POR: G1 E PORTAL VERMELHO
Nenhum comentário:
Postar um comentário