Estudantes também estavam presentes na marcha da CNTE que parou Brasília!
Com o tema “10 mil pelos 10% do PIB para a Educação”, professores de todo o país realizaram nesta quarta-feira, 26, em Brasília, uma grande marcha para pressionar parlamentares a defender a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor de educação, uma bandeira que os estudantes também lutam pela aprovação no Congresso.
A Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública foi a quinta edição organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e superou a expectativa de todos os organizadores. Diversos movimentos sociais, incluindo a UBES e UNE, estiveram presentes. Mais de dez mil participantes coloriram as ruas do Planalto Central exigindo melhorias no setor.
Todos eles caminharam do Estádio Mané Garrincha até o Congresso Nacional, passando, também, pelo Palácio do Planalto. Após a caminhada, foi realizado um ato público em frente ao Congresso.
“Essa marcha é fundamental para que a gente consiga interferir no Congresso Nacional e obter deles o compromisso de aprovar 10% do PIB brasileiro para ser investido na educação. Todos nós sabemos que é um debate delicado, mas temos que pressionar sempre”, disse o presidente da CNTE, Roberto Leão, ao comentar sobre um dos três principais pontos de reivindicações da manifestação.
Os outros dois focos centrais dizem respeito à aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) pelo Congresso Nacional e o cumprimento integral, em todo o Brasil, da lei do piso salarial do magistério, que atualmente é R$ 1.187,97. A CNTE defende o valor de R$ 1.597,87.
O presidente da UNE, Daniel Iliescu, que caminhou ao lado dos manifestantes, reforçou a postura da entidade em relação à necessidade de se ampliar os investimentos em educação. Atualmente, a entidade encabeça um abaixo-assinado envolvendo diversos setores da sociedade pela aprovação dos 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal como recursos a serem investidos exclusivamente no setor educacional.
“Desde 2009, trabalhamos em parceria nessa luta. Para essa semana já está marcada reunião com o relator do PNE, Ângelo Vanhoni, para apresentar o relatório com as emendas do PNE. Como temos muitas opiniões convergentes, em especial com os 10% do PIB, estaremos juntos em mais um capítulo dessa batalha para levantar essa campanha”, explicou Iliescu.
Cartões de assinatura
A Campanha Nacional Pelo Direto à Educação conseguiu 10 mil das 140 mil assinaturas coletadas em todo o país para os cartões postais de apoio aos ideais da marcha. Parte desses cartões assinados foi entregue para o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e para a presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que prometeu levar as assinaturas para a presidenta Dilma Rousseff.
Roberto Leão também afirmou ao site da UNE que é possível ainda uma reunião com a presidenta da República. “Estamos construindo com o ministro a possibilidade de termos uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff. Temos que iniciar um processo de busca de soluções com uma certa urgência e sei que diversos movimentos sociais, como é o caso da UNE, estão com a gente”, declarou.
Ao final da marcha, membros da CNTE foram recebidos pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Ao ministro, também foram entregues parte dos cartões assinados por brasileiros de todo o país.
10% do PIB para Educação!
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) também tem como principal bandeira de luta a destinação de 10% do PIB, juntamente com a destinação de 50% do Fundo Social do Pré-Sal, para educação. “10% do PIB é uma bandeira muito poderosa. Não é só do movimento educacional, tem relação com o projeto de futuro que a gente quer debater para o Brasil”, comentou o presidente daUNE, Daniel Iliescu.
Para dar força a essa luta, a entidade lançou, junto com a UNE e com a ANPG, no último dia 11 de outubro, uma campanha nacional de abaixo-assinado “Educação 10” , que já conta com mais de 3 mil assinaturas. Para participar, clique aqui.
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